"Sapo cururu na beira do rio
Quando o sapo grita, ó Maninha, diz que está com frio
A mulher do sapo, é quem está lá dentro
Fazendo rendinha, ó Maninha, pro seu casamento."
O sapo cururu talvez seja a espécie de anuro mais conhecida do Brasil e é tema de uma famosa canção de ninar. Mas sob o mesmo nome popular existem várias espécies. Em boa parte do Nordeste, a espécie de cururu mais comum é Rhinella jimi. É uma espécie de grande porte da família Bufonidae podendo medir até 25 centímetros. Membros desta família possuem grandes glândulas de veneno chamadas paratoídes. Tais glândulas produzem esteroides como as bufotoxinas, que em contato com mucosas bucais de predadores, especialmente serpentes, podem causar arritmia cardíaca.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, o sapo cururu é inofensivo e não lança ou esguicha veneno. O veneno só é ejetado das glândulas após considerável pressão mecânica, como a mordida de um predador [1]. Algumas toxinas encontradas no veneno do cururu podem ser utilizadas em novos tratamentos de leishmaniose e a doença de Chagas [2].
Cururu fotografado no mês de junho de 2019 no açude da Fazenda Vazante, município de Carnaubeira da Penha, Pernambuco.
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