Ecdysozoa é o grupo filogenético mais diverso do Reino Animal, com mais de 1 milhão de espécies descritas, com uma estimativa de 4,5 milhões de espécies vivas. É composto por animais tão diferentes como a lombriga (Ascaris lumbricoides) e a aranha caranguejeira, representantes dos Filos Nematoda e Arthropoda, respectivamente. Além destes dois Filos, Ecdysozoa é formado por outros seis, entre os quais Priapulida, Kinorhyncha, Loricifera, Nematomorpha, Tartigrada e Onychophora [1]. O grupo Ecdysozoa foi originalmente proposto através de analises de sequências específicas de RNA ribossomal para desvendar as relações evolutivas dos artrópodes com outros grupos de invertebrados [2].
Diante de tamanha diversidade, é muito difícil encontrar caracteres morfológicos compartilhados entre tantos grupos. O nome Ecdysozoa reflete a capacidade dos membros do grupo de realizarem ecdise durante pelo menos parte de seus ciclos de vida. A ecdise é o processo de muda, o qual implica na eliminação da antiga cutícula que recobre o corpo e a produção de uma nova. O processo de muda é controlado por um conjunto de hormônios ecdiesteróides. Além dos caracteres relacionados à ecdise , existem evidências de que a boca, em posição terminal, seja uma condição do último ancestral comum do grupo [3]. Este animal ancestral provavelmente tinha a aparência de um verme anelado com probóscide [4] e teria surgido no ambiente marinho ainda durante o período Ediacarano, entre 587-543 milhões de anos atrás [5].
Entre os períodos Cambriano e Devoniano, as diferentes linhagens de ecdisozoários colonizaram de forma independente o ambiente terrestre e ambientes de água doce. Os artrópodes, notadamente os insetos, devem ter colonizado o ambiente terrestre quase de forma simultanea com as plantas terrestres.
Atualmente os ecdisozoários podem ser encontrados em praticamente todos os ambientes, das profundezas abissais até os desertos mais áridos. Suas cutículas de três camadas lhes forneceu propriedades físicas, evitando a dissecação e fornecendo suporte mecânico, assegurando também proteção contra predadores e hospedeiros, no caso das espécies parasitas.
Publicado em 07/03/2019
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