Os afídeos, ou pulgões, são minúsculos insetos hemípteros. Eles possuem um aparelho bucal especializado para sugar a seiva de plantas. Estes insetos mantêm uma relação estreita de mutualismo com várias espécies de formigas. De forma simplificada, as formigas defendem os afídeos de predadores (como algumas espécies de joaninha) e, em troca, os afídeos fornecem alimento às formigas através da oferta de gotículas ricas em carboidratos oriundas do processo de extração da seiva das plantas. Este tipo de mutualismo é conhecido como trofobiose, relação baseada em alimentação e proteção.
Como esta relação evoluiu ao longo do tempo? Inicialmente, a influência das formigas sobre os afídeos deve ter sido negativa, presumivelmente usando-os como fonte de proteína (predação). Isso teria levado ao desenvolvimento de estruturas e mecanismos de defesa nos afídeos. Estima-se que durante o Cretáceo (aproxi. 100 milhões de anos atrás), as formigas começaram a explorar as excreções açucaradas produzidas pelos afídeos como fonte alimentar, alterando a relação entre estes dois grupos de insetos. A produção das gotículas pode ter sido um mecanismo benéfico para os pulgões, pois sua excreção permitiu que eles evitassem a predação pelas próprias formigas e fossem defendidos por elas como produtores de alimentos [1].
Registro realizado no jardim de uma casa em Tamandaré, litoral sul de Pernambuco, no dia 29 de janeiro de 2022. Esta grande colônia de afídeos amarelos estava sendo monitorada por uma pequena espécie de formiga.
Espécies ainda não identiicadas.
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