Colônia de cracas do gênero Chthamalus. Cracas são crustáceos sésseis altamente modificados da Superordem Thoracica (Subclasse Cirripedia). Possuem um exoesqueleto calcificado em formato de cone com uma base plana. Podem se fixar em diferentes substratos, desde costões rochosos, recifes de coral até a superficie de outros animais como cascos de tartarugas, conchas de moluscos e peles de baleias. Se alimentam de plancton e de partículas orgânicas em suspensão capturados através de patas modificadas que são movimentadas fora do exoesqueleto.
O gênero Chthamalus apresenta distribuição global e compreende 20 espécies. São cracas características de zonas entremarés. Formam grandes agrupamentos de milhares de indivíduos que ocupam faixas específicas ao longo da zonação vertical de costões rochosos. Vivem em áreas de mudanças ambientais radicais diárias e sazonais, podendo ficar longos períodos emersos. O gênero Chthamalus é muito conhecido através de experimentos de ecologia experimental, notadamente de competição interespecífica. Em costões rochosos é comum encontrar cracas e moluscos competindo por recursos espaciais [1].
Registro realizado em Tamandaré, litoral sul de Pernambuco. Várias colônias de cracas podem ser encontradas nas colunas de sustentação do pier do CEPENE. Nestas colunas é fácil observar um claro gradiente de zonação vertical na distribuição de moluscos e cracas.
Seus comentários
# no dia 2 de agosto de 2021 as 21:37, por Jovair
Boa noite!
As cracas aderem a qualquer superfície?
Algum tipo de plástico/polímero poderia evitar a incrustação?