Nas florestas tropicais os besouros rola-bostas (Scarabaeidae: Scarabaeinae) desenvolveram diversas estratégias de sobrevivência, pois o recurso de fezes é limitado e bastante competitivo, levando em consideração que o maior mamífero da Floresta Atlântica é a Anta. Portanto, hábitos como necrofagia, saprofagia, mirmecofilia e predação foram ocupados pelos besouros rola-bostas e isso permitiu a estruturação de comunidades de escarabeíneos em florestas tropicais [1].
Os besouros necrófagos são de importância forense, dentre as suas subfamílias, os rola-bostas, chamam a atenção por estarem entre as subfamílias mais representativas nos estudos de levantamentos de besouros associados a carniça [2]. Os escaravelhos podem ser encontrados em todos os estágios de decomposição [3]. A espécie desse registro em carcaça de marsupial (possivelmente um timbu) é o Coprophanaeus dardanus (MacLeay, 1819) que possui distribuição no litoral brasileiro [4]. Outro Coprophanaeus com importância forense e que ocorre no Nordeste brasileiro é o Coprophaneus ensifer.
Dentre os besouros associados a ambiente cadavérico, alguns chamam atenção pela sua representatividade e pela ocupação de nichos em diversos estágios de decomposição em cadáveres, sendo eles, carabidae que é um predador de outros insetos associados a ambiente cadavérico; Histeridae que ocupa a posição ecológica de espécie necrófaga, predadora de larva de moscas e onívora; Silphidae associado a carcaças de animais, assim como Staphylinidae, Trogidae, Scarabaeidae, Elateridae, Dermestidae, Tenebrionidae, entre outros [5].
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